terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Surpresa?

Surpresa? Nem tanto. Apenas uma constatação: o poder altera comportamentos.
Um exemplo: o ex-presidente Lula.
Sindicalista de carteirinha, ele sempre lutou pelos operários, buscando alternativas de combate aos procedimentos governamentais, contrários aos interesse da classe.
Foi combatido, atacado e chegou a ser preso durante a ditadura militar.
O tempo passou ele acabou se elegendo para presidir o país.
Crítico ferrenho de Fernando Henrique Cardoso, acabou por dar continuidade, inteligentemente, a muitos dos programas existentes.
Passado o período de governo (dois mandatos), ele agora critica seus ex-companheiros que não aceitam o novo valor do sálario-mínimo.
Para Lula está havendo intolerância a acordos pré-estabelecidos entre os sindicalistas e o governo.
Estravagante nos gastos públicos - um governo com 37 ministérios, uma cúpula inchada e desnecessária - - Lula agora se coloca em posição que parece óbvia, considerando a experiência adquirida ao longo dos anos de mandato.
Os tempos mudam comportamento e posições.
O que antes era combatido, passa hoje a ser lema de quem ainda está no poder.
Na política é assim: o que antes era incongruência, na oposição, hoje passa ser dogma de quem
comanda
E a vida segue.



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