domingo, 26 de dezembro de 2010

RENOVAÇÃO E SAUDADE!

Final de mais um ano.
O tempo passa rápido.
Parece movido por um acelerador implacável e ininterrupto.
As gerações vão se renovando, fazendo com que a saudade passe a ser um sentimento mais forte.
Há sempre momentos a serem recordados, principalmente os bons.
Comigo não é diferente.
Hoje meu pensamento voa como uma pluma, que se desloca ao sabor do vento.
Até onde vai? Não sei.
Só sei que enquanto houver vento ele flutuará no horizonte.
Como diz o verso de uma canção bastante conhecida de autoria de Tom Jobim, A Felicidade: "precisa que haja vento sem parar".
É neste momento que faço uma reflexão sobre os momentos vividos: os bons e os ruins.
Estes últimos são sempre desprezados e servem apenas como alento para corrigir o rumo.
No mais é a saudade.
Saudade da infância bem vivida; saudade da juventude cheia de peripécias; saudade do adulto que, bem ou mal, constituiu uma família virtuosa; saudade de sentir saudade de tudo e de todos, participantes de uma história de vida bem vivida.
Sonhos foram somente sonhos, nada mais.
Um alento apenas para marcar uma existência.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lembrança.

Foto Cristina Bittencourt.

Olhando para esta foto tirada por minha filha Cristina, retroajo no tempo e vejo-me brincando a beira-mar sem preocupação alguma, a não ser sentir a tranquilidade que o momento oferecia para poder desfrutar desta dádiva divina, que é viver. Ao mesmo tempo, percebo que ainda se pode ver a beleza que a natureza oferece a quem sabe admirá-la nos dias de hoje. Esta foto foi tirada recentemente na Praia de Sambaqui, um dos recantos que ainda guarda os encantos a ele atribuídos pelo Criador.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Velhos e Belos Tempos


Foto autor desconhecido.

Quando nasci Florianópolis era assim: autêntica, original, bela, pacata. A medida que o tempo foi passando mais eu curtia a minha cidade, onde a tranquilidade imperava e andava-se pelas ruas, de dia ou de noite, sem qualquer problema. Tomava banho de mar na Praia do Müller, assistia o futebol no Estádio Adolfo Konder, onde hoje está o Beiramar Shopping, ia ao cine Rox, ao lado esquerdo da Catedral Metropolitana, todo fim de semana, para acompanhar os seriados do Zorro, Tom Mix, Rock Lane, Nioka, entre outros. Chegava mais cedo para trocar figurinhas e gibi, com a meninada que lotava as dependências do cinema. Mas o tempo foi passando, seguindo seu rumo e tudo foi se modificando. Aquela tranquilidade não existe mais. O bucolismo daquela época desapareceu e hoje a minha cidade, apesar de ainda bela, é apenas uma linda metrópole sugada em sua plenitude pela
inconsequência humana , que se vale de sua beleza natural para corrompe-la e explorála de forma lamentável. Mesmo assim, ela continua sendo a minha cidade, palco de uma história de vida inesquecível.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

JASC

O segundo Jogos Abertos de Santa Catarina foram realizados em Florianópolis. Naquela oportunidade eu fazia parte da equipe de esportes da Rádio Anita Garibaldi, comandada pelo comentarista Jarém Araújo. O principal narrador era o saudoso Hubert Hubert e eu fazia as reportagens. Lembro-me bem do encerramento da competição com um jogo de basquetebol no então Estádio da FAC, hoje Ginásio Rosendo Vasconcelos Lima, do Instituto Estadual de Educação. Um narrador de uma outra emissôra, já falecido, terminou brilhantemente seu trabalho com a seguinte frase: "Assim foram fechados os Jogos Abertos." Um momento inusitado de um profissional competente e espirituoso. Coisas assim estão na minha memorária e sempre que possível as estarei colocando aqui neste espaço.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

GENTE DA TERRA


O tradicional grupo musical Gente da Terra se vale de uma das mais belas fotos de Florianópolis, para divulgar o seu trabalho.
Constituido por autenticos nativos da cidade, oriundos de familias tradicionais da Ilha de Santa Catarina, o Grupo se impõe pela manutenção das tradições locais, com composições belíssimas, que contam a história dos nativistas e suas tradições. Em cada composição percebe-se o talento em demonstrar com simplicidade as belezas de "um pedacinho de terra perdido no mar", verso do "Rancho do Amor a Ilha", do saudoso Sininho. Um abraço ao Amaro e sua "troupe" por nos brindar com lembranças de nossa raízes, cada vez mais colocadas no esquecimento, devido ao atropelamento causado pela chamada modernidade. Gente da Terra nos faz recordar do tempo em que "Floripa" ainda se chamava Desterro.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cláudio Wagner.

Durante minha passagem pela Crônica Esportiva de Santa Catarina tive a oportunidade de entrevistar muita gente, dada a minha condição de reporter.
Este espaço não daria para enumerar a quantidade dos jogadores, dirigentes, trinadores, árbitros, entre outros, com quem conversei em todos os esportes, principalmente no futebol.
Na foto ao lado estão dois bons jogadores - Jorge Luiz e Caco -, o treinador Lauro Burigo, o Superintende Cláudio Wagner, o Preparador Físico Iberê Rosa e o Massagista Legra, todos do Figueirense.
Os dois jogadores brilharam com a camisa alvi-negra, Legra um massagista dos mais competentes e Lauro Búrigo foi um dos melhores treinadores dos que já passaram pelo Orlando Scarpelli.
Mas quero ressaltar neste momento as outras duas figuraras: Iberê Rosa e Cláudio Wagner. Duas figuras que muito fizeram pelo futebol catarinense, cada qual em sua função.
Iberê ao lado de Dacica, do Avai, foi um dos primeiros a desenvolver e a adaptar a preparação física, que dava aos jogadores melhores condições em suas atividades, durante uma partida de futebol.
Quanto à Cláudio Wagner, vale dizer que foi ele o primeiro profissional a manter atualizado o cadastro dos jogadores que atuavem pelo Figuirense.
Competente, educado, afavel, Cláudio Wagner foi sempre uma figura muito procurada pelos reporteres que cobriam o Figueirense, pois suas informações eram sempre precisas.
O Figueirense deve muito a esse profissional, que nos deixou cedo, como de resto o futebol catarinense, quanto a sua estrutura e organização.
Com este excelente profissional aprendi muito daquilo que ainda sei sobre o futebol catarinense,
principalmente quanto aos seus bastidores.

sábado, 15 de maio de 2010

PONTE HERCÍLIO LUZ - 84 ANOS.


-Esta foto é do tempo em eu ainda engatinhava.
Nessa época meu piso era inteiramente de madeira, que anunciava quando estavam transitando sobre ele, rangendo de alegria, sem qualquer reclamação.
Os trilhos, de madeira também, ficavam dois de cada lado, oportunizando a ida e a vinda de veículo na ligação ilha-continente.
Pelo meio transitavam apenas as carroças, que eram muitas na época.
Apenas o lado direito, para quem vai em direção ao continente, se destinava aos pedestres e aos ciclistas.
Com o tempo fui passando por transformações que ajudaram a diminuir minha vida útil. Hoje, ainda clamando por uma possível reforma, fico à mercê de promeças vãs de quem deveria cuidar melhor de mim.
Chamam-me de Cartão Postal de Floripa, mas não dão a este cartão, o respeito que ele merece.
A completar 84 anos, contunuo lutando para manter-me de pé, na esperança de que ainda possa ser útil, não apenas como cartão de visitas, o que aliás muito me honra.
Na espera de que um dia as promessas de recuperação total aconteçam, vou continuando a sonhar com dias melhores."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Netos.


Estes são Tiago e Eduardo, ambos com 9 anos de idade.
Esta dupla enche de alegria o coração do Vovô Nimar e da Vovó Teresinha.
Um, Tiago, de camisa amarela, cada dia melhor na guitarra, e o outro, Eduardo (Dudu), de camisa azul, joga uma bola redondinha com a perna canhota.
Tiago é filho de Luciano e Mona Eliza, e Dudu é filho de Fernando e Cláudia.
Os dois herdaram dos pais: um a aptidão para a música e outro a aptidão para o futebol.
É bem verdade que Tiago se salva como goleiro e Dudu começa a "arranhar" na guitarra.
Desculpem a corugisse, mas os avós que não são "corujas" não sabem o que é ter netos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Gramado-RS.
Nimar, Teresinha e Cristina, mulher e filha.

No inverno de 2001 estive em GramadoRS com a família, cunhados e sobrinhas. Foi um passeio maravilhoso, apesar do frio intenso, que chegou a -1° C.
A neve chegou a aparecer por alguns momentos muito discretamente.
A cidade estava repleta de turistas que, ávidos, lotavam as casas comerciais em busca de lembranças que marcassem a passagem pela cidade da serra gaucha.
Tivemos a felicidade de pegar um tempo bom, o que nos proporcionou a oportunidade de curtir momentos marcantes de nossas vidas. Este é outro momento inesquecível da minha existência, que DEUS tem me dado a oportunidade de viver.
Postado por Nimar

quinta-feira, 6 de maio de 2010

AVAI


Foto Diário Catarinense.

O Avai é legítimo Campeão Catarinense de 2010. Melhor time, melhor elenco, melho estrutura, o Avai se impos dentro da competição. Por um acidente de percurso não ganhou também o primeiro turno do campeonato. Está sem perder na Ressacada desde Setembro de 2009, local
apontado por muitos analistas, o verdadeiro alçapão azurra. Saiu da Copa do Brasil honrosamente ao jogar de igual por igual contra Grêmio Portoalegrense, quando perdeu no Éstádio Olímpico por 3 a 1 e venceu na Ressacada por 3 a 2, realizando duas belíssimas exibições. Estréia no próximo dia 9, domingo, em casa, contra o Grêmio Prudente de São Paulo, na expectativa de que faça um apresentação tão boa quanto a do ano passado, quando ficou na sexta colocação, a frente de grandes e tradicionais equipes do futebol brasileiro.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Desde criança meu sonho era ser repórter de campo nos jogos de futebol.
Quando me achei em condições fui em busca do meu objetivo.
Conhecimento de futebol eu tinha para me aventurar na carreira.
O que atrapalhava era a voz.
Precisava ter um timbre forte e vibrante, comum na maioria dos comunicadores da época.
A minha era fraca e um tanto anasalada.
Mas de tanto insistir, me foi dada a oportunidade para fazer um teste.
A experiência foi desastrosa.
Estava confiante porque pensava que o teste fosse feito num gravador.
Recebi um testo para ler e treinar um pouco antes, que dizia mais ou menos assim:
- CAFÉ OTTO TORRADO, MOÍDO E EMPACOTADO POR MODERNOS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO...........
A folha com o texto tremia em minha mão, quando me colocaram para falar ao vivo.
Foi um desastre.
Quando acendeu a luz vermelha, informando que eu esta no ar, vejam o que saiu:
CAFÉ OTTO, TORRIDO, MOADO E EMPACOTIDO.......”, E foi só!?!
A voz sumiu por completo.
Não desisti e acabei tendo outras oportunidades. Acabei alcançando meu objetivo. Minha passagem pela Crônica Esportiva perdurou por cerca de 40 anos, com algumas interrupções no percurso.

sábado, 3 de abril de 2010

Tempo de criança.

Foto recebida pela internete.

Sabe, sou saudosista sim. Esta foto me faz retornar a uma época em que Florianópolis ainda era pacata e respirável. Vejam a Rua Antônio Luz , com o mictório público à direita e o casarão onde funcionava a Loja Moelmann. Abaixo a minha saudade maior. Meu pai tinha dois carrinhos puxados por cavalos, como estes que vemos aí enfileirados, e nos quais andei muito quando era criança. Morava no Bairro José Mendes, estudava no Grupo Escolar Lauro Müller, no centro, e vibrava quando o deslocamento era feito por este tipo de locomoção. Automóveis eram poucos, ônibus escassos e esta era uma forma muito agradável de transporte de pessoas.Como dizia o saudoso Noite Ilustrada em sua canção, "A professorinha": - eu era feliz e não sabia!

quinta-feira, 25 de março de 2010


Lagoa da Conceição, ainda com poucas residências. Foto de autor desconhecido.


A especulação imobiliária e a invasão desordenada, estão a provocar a morte lenta desta maravilha: a Lagoa da Conceição. Nela pesquei muito siri e camarão, quando ainda em abundância. Nela também vivi momentos maravilhosos de minha vida, tanto na juventude quanto na fase adulta, já casado e com filhos. Na juventude, como "farofeiro," fiz muito pic-nic em vários domingos de muita saudade. Iamos no caminhão de meu pai, um Ford F-4, que serpenteava pela estrada muito estreita e que se tornava escorregadia em dia de chuva, dificultando sua locomoção. Subir e descer o morro era uma aventura sem igual, pricipalmente quando chovia. Somente com correntes nas rodas era possível subir o morro, especialmente na direção lagoa-centro. Eram poucas a residências de veraneio e não existia a atual Avenida das Rendeiras. Uma estreita estrada de chão batido nos levava até as Dunas ,cercada por uma vegetação nativa que nos servia de abrigo contra o sol. Chegar até a Barra da Lagoa era difícil, e para ir até a Joaquina só caminhando pelas Dunas, o que levava mais de uma hora. Quando adulto, ia com a família e alguns amigos para ocupar as churrasqueiras do Lagoa Iate Clube, bem como a piscina. Era uma época em que valia a pena ser sócio de um Clube que oferecia excelente infra-estrutura e muita tranquilidade. O tempo passou e nossa cidade passou a ser chamada de Floripa. As transforações foram acontecendo para pior e hoje, não bastasse sua ocupação desordenanda, já se faz até pesquisa, que dizem ser uma "pegadinha", para a construção de um prédio habitacional dentro da Lagoa. Será uma afronta ao eco-sistema da região. Tomara que não passe de uma "pegadinha".

terça-feira, 23 de março de 2010

Foto de autor desconhecico.

Em 1989 O Paula Ramos disputou o campeonato da cidade com este time base: Neri, Carlinho, J. Batista, Adilson, ?, e Hamilton, em pé. Mércio, Valtinho, ?, Anisio e Maíque, agachados.

Na época o Campeonato da Cidade era muito disputado, inclusive com a realização do Torneio Início, uma espécie de apresentação dos times para a competição. Participavam Avai, Figueirense, Paula Ramos, Bocaiuva, Atlético, Guarani, Tamandaré, dentre os que me lembro.

domingo, 21 de março de 2010

Entrevista.



Nimar e Badu.

Na década de 80, o ano não lembro, o Estádio é o Orlando Scarpelli e o entrevistado é o Badu, na época no Figueirense. O baixinho, vejam como ele é menor do que eu, que tenho 1,70m de altura, jogava uma bola redondinha.Tinha uma técnica admirável, que o levou a jogar no Grêmio de Porto Alegre. Hoje Badu é comentarista da Rádio Guarujá de Florianópolis, jogando uma bola tão redonda quando aquela do tempo em que era craque no futebol. Momento de saudade.



Esta foto foi tirada de dentro do meu carro, na Avenida Beira Mar Norte.
Neste local eu costumava percar amparado pela Ponte Hercílio Luz.
Depois veio o aterro empurrado pelo crescimento populacional, ensejando, inclusive, a construção de um verdadeiro paredão de concreto, que parece querer esconder parte da Ilha Cidade, do Continente Cidade, ambos fundidos na bela capital catarinense.
Não sou bom fotografo, mas penso ter retratado nela a tristeza da natureza pela violação de sua imagem natural.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Plano Diretor de Floripa.

As comunidades da capital catarinense parece se darem conta de que o Plano Diretor da cidade precisa ser mais discutido.
Elas querem ser melhor ouvidas , pois há indícios de que está faltando alguma coisa para melhorá-lo., o que estaria sendo feito sem sua colaboração.
Depois de impedir sua votação na última quarta-feira, com protestos no local onde o pleito seria realizado, o Teatro Álvaro de Carvalho, com a presença de vários representantes comunitários, agora é a vez dos moradores da Lagoa da Conceição se manifestarem com uma passeata pelas principais ruas da comunidade, neste sábado.
Os Edis do Município precisam encontrar as alternativas que agilizem o processo, sob pena da Bela Floripa se tornar uma bagunça sem concerto.
O pepino está nas mão dos vereadores que precisam agir com mais rapidez, sem deixar de atender os reclamos da população.
Não só o pepino, mas o abacaxi também precisa ser descascado, e com urgência.

segunda-feira, 15 de março de 2010





Foto do acervo do Cel. Osni Meira.


O Estadio Dr. Adolfo Konder, onde hoje fica o Shopping Beiramar, foi por muitos anos o principal palco do futebol catarinense. Ali eram realizados os grandes jogos de Avai e Figueirense. Nele ainda fizeram grandes jogos: a Seleção Catarinense que participou de varios campeonatos brasileiros, e os grandes clubes do Brasil na época, como: Vasco, Flamengo, Grêmio, Inter, Baia, Coritiba, Atlético Paranaense, dentre os que vi jogar. Deixou saudade aos mais antigos o "Velho Pasto Bode, ou Campo da Liga", onde estavam registrados os grandes acontecimentos do futebol catarinense.

domingo, 14 de março de 2010

FUTEBOL ARTE.

O time do Santos de São Paulo tem uma molecada “gastando” a bola, fazendo-me lembrar dos tempos em que o futebol era bem jogado.
Neimar, André, Paulo Henrique e mais Robinho que acaba de chegar, jogam um futebol bonito, espetacular às vezes, que dá prazer de assistir a quem vê o futebol como uma das mais puras artes do movimento humano.
Ah... que saudade deste futebol!
Estou torcendo para que este time não seja desmontado precocemente.
A verdadeira escola do futebol brasileiro está sedimentada nele, relembrando o Santos de Pelé e Coutinho.
Tirando Ronaldinho Gaúcho que voltou a desequilibrar, jogando pelo Milan, da Itália, ninguém mais consegue me fazer esquecer os craques geniais de uma época recheada de jogadores espetaculares, que deram ao Brasil grandes conquistas, inclusive três Copas do Mundo.
Estão aí agora estes garotos que começam a desabrochar para o futebol, sem medo de ser feliz, encantando a todos com a alegria, a irreverência e, por que não dizer, com a “molecagem” própria de quem tem intimidade com a bola.
Um passado, não muito distante, faz-me lembrar de alguns desses talentos: Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Didi, Nilton Santos Garrincha, Julinho, Zico, Sócrates, Junior, Leandro, Djalma Santos, entre outros, todos da melhor estirpe do futebol mundial, e que brilhantemente fizeram a alegria de grandes platéias.
Há ainda outros que poderiam ser citados, mas me atenho agora aos craques aqui da casa como: Moacir, Caetano, Veneza, Valério, Sobra, Nélinho, Zenon, Balduíno, Sergio Lopes, sem esquecer Nizeta, que vi jogar já em final de carreira.
Todos, sem exceção, brilharam em seus clubes.
Agora, o Dorival Junior, treinador do Santos, precisa ser também pai dessa molecada, para que o sucesso não lhes suba a cabeça e acabe por atrapalhar suas carreiras e o time, como aconteceu contra o Palmeiras, quando ganhava fácil e acabou perdendo o jogo.
É preciso impedir que a “mascara” não seja usada para empanar a encenação de uma arte, muito bem executada pelos meninos do Santos.
Quem vai sair ganhando é o futebol, literalmente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Nizeta, Cristina (neta) no colo e Nimar (foto 1).
Nizeta e radialista Dakir Polidoro (foto 2), no encerramento das atividades do Adolfo Konder.


NIZETA - O APARECIMENTO DE UM CRAQUE.

Quando em Santa Catarina, como em quase todo o Brasil, o futebol começava a surgir, alguns jogadores começavam também a se destacar como virtuoses no controle da bola com os pés.
Independente da época, encontramos verdadeiros “malabaristas” que encantaram, e encantam, as mais variadas platéias de todas as camadas sociais
Dentre eles quero me ater a um homem que fez do futebol sua maior paixão e que encantou muita gente com performances deslumbrantes, principalmente na década de 40.
Falo de Osny Gonçalves, o NIZETA, também apelidado de “Carrada”, dada a sua magreza e que, por isso mesmo, o fez destacar-se como um dos mais ágeis atacantes do futebol catarinense e, por que não, brasileiro. Apesar de ser de constituição franzina sua “robustez” se assentava na rigidez de seus ossos e músculos, que facilitava sua habilidade em desviar-se dos adversários. Raramente se machucava e, por isso, poucas vezes desfalcou sua equipe.
Foi sondado por vários clubes do Brasil, principalmente do Paraná, mas sempre se manteve alheio às ofertas, por ser muito ligado à família e ao trabalho que executava na então Escola Industrial e Santa Catarina, hoje Centro Federal de Estudos Tecnológico.
Nizeta apareceu para o futebol jogando pelo Íris, no início da década de trinta. Pouco depois foi para o Avai, onde jogou por vários anos, conquistando vários campeonatos da cidade e do estado.
Foi também treinador e dirigente avaiano por um bom período.
Orgulhava-se de ter vestido, a camisa do Avai, time de seu coração. Excepcionalmente, num jogo exibição, colocou o uniforme do Figueirense.
Meio a contragosto aquiesceu aos pedidos dos amigos que torciam pelo seu grande rival. Não gostava muito de falar sobre isto.
Orgulhava-se também de dois feitos conquistados pelo time avaiano: o tetra campeonato da cidade e a vitória de 4 a 2 sobre o Sport de Recife.
O clube pernambucano era formado por excelentes jogadores, entre eles o famoso Ademir de Menezes, Vice-campeão Mundial com a camisa da Seleção Nacional, sendo, inclusive, o artilheiro da Copa de 1950, de triste lembrança para os desportistas brasileiros, e que estava invicto em sua excursão pelo sul do país.
No seu entender, aquele time jogava por música com esta formação: Adolfinho; Fateco e Danda; Minela, Boos e Jair; Filipinho, Nizeta, Bráulio, Tião e Saul. Outros, como Beneval, por exemplo, se incorporaram ao grupo sem tirar dele a qualidade que ostentava.
Este time base, inclusive, ganhou o tetra campeonato da cidade, nos anos de 1942 a 1945.
Durante sua carreira se espelhou sempre em “Galego Beck”, jogador de meio campo, que considerava como um dos melhores que já vira atuar.
Seu nome consta da seleção de todos os tempos de jogadores que atuaram pelo Avai, em votação que envolveu jornalistas esportivos de várias épocas, e que mereceu a seguinte escalação na formação 3, 3, 4: Adolfinho; Loló, Fatéco e Veneza; Procópio. Beck e Zenon; Filipinho, Nizeta, Bráulio e Saul.
Destro, driblava com facilidade e era constantemente corrigido, segundo ele, pelo Treinador Felix Magño, um Uruguaio que deu grande contribuição ao futebol catarinense, pela sua competência como orientador tático e técnico.
Nizeta foi, sem dúvida, e continua sendo, um dos maiores ídolos do futebol catarinense, principalmente do Avai, clube pelo qual jogou de 1942 a 1948. Eu o conheci de perto e posso dizer com propriedade, que, além de um excelente jogador de futebol, sua grande paixão, foi também um homem de muito caráter e muita personalidade, razão do sucesso e prestígio

sexta-feira, 5 de março de 2010

EU ESTAVA LÁ.
Por muitos anos fui reporter de futebol. Trabalhei em muitos jogos e fiz inumeras reportagens ao longo de 40 anos de rádio, com pequenos intervalos nessa trajetória. Um dos momentos que considero marcante, foi na inauguração do Estádio da Ressacada, do Avai, quando enrevistei vários jogadores do Vasco da Gama, adversário do "Leão" naquela data comemorativa. Na foto ao lado eu estou entrevistando o ponteiro esquerdo Júlio Cesar, antes de começar a partida.
Não custa lembrar: o Vasco ganhou de 6 a 1.
Wilson Tadei do Vasco fez o primeiro gol da Ressacada.
Amarildo marcou o primeiro gol do Avai no novo estádio.
Foto Édio Melo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

JUVENTUDE ESPORTE CLUBE



Em 1953 (quanto tempo) meu pai e alguns amigos fundaram um time de futebol amador, para jogar nos campos de várzea que existiam na Grande Florianopolis. Uma época da qual tenho saudade.
A foto que aí está é de uma rapaziada, comandada pelo velho Nizeta, um dos mais consagrados craques do futebol catarinense, já em final de carreira, mas ainda jogando uma bola redondinha.
Em pe: Daltir, Adilson, Nazareno, Nizeta, Hamilton e Pedro.
Agachados: Paco, Tião, Beto, Jurandir e Baga.
Ah, ia esquecendo. Eu jogava no segundo time, que fazia a prelinar do jogo principal..
Bons tempos aqueles.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Aprendemos na escola que “ilha é um pedaço de terra cercado de água por todos os lados”. Até aí nada demais.
O que fica difícil de ser entendido, pelo menos para mim, é por que alguém transporta uma Lancha para Florianópolis, que fica numa ilha, via terrestre e não pelo mar?
Dá para entender?
O inesperado acabou acontecendo: o caminhão que transportava a lancha não conseguiu fazer a curva final na saída da Ponte Pedro Ivo Campos e teve que retornar de ré, impedindo o tráfego de veículos por mais de duas horas.
Há como explicar tão inusitado, por que não dizer hilário, acontecimento?
Parece que a “ilha dos casos e ocasos raros” faz questão de mostrar sua vocação mística, tão a gosto do imaginário popular.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010



Este time jogou no antigo Adolfo konder, o Pasto do Bode, no início da década de 60 representando a Rádio Anita Garibaldi. Não consegui lembrar o ano. Pela ordem: Daltir, Arnaldo, João Carlos, Paim, Armando e Amilcar; agachados: Ivan, Fausto Correa, Nimar, Nilton Cesar Viegas e Hélinho.