quinta-feira, 25 de março de 2010


Lagoa da Conceição, ainda com poucas residências. Foto de autor desconhecido.


A especulação imobiliária e a invasão desordenada, estão a provocar a morte lenta desta maravilha: a Lagoa da Conceição. Nela pesquei muito siri e camarão, quando ainda em abundância. Nela também vivi momentos maravilhosos de minha vida, tanto na juventude quanto na fase adulta, já casado e com filhos. Na juventude, como "farofeiro," fiz muito pic-nic em vários domingos de muita saudade. Iamos no caminhão de meu pai, um Ford F-4, que serpenteava pela estrada muito estreita e que se tornava escorregadia em dia de chuva, dificultando sua locomoção. Subir e descer o morro era uma aventura sem igual, pricipalmente quando chovia. Somente com correntes nas rodas era possível subir o morro, especialmente na direção lagoa-centro. Eram poucas a residências de veraneio e não existia a atual Avenida das Rendeiras. Uma estreita estrada de chão batido nos levava até as Dunas ,cercada por uma vegetação nativa que nos servia de abrigo contra o sol. Chegar até a Barra da Lagoa era difícil, e para ir até a Joaquina só caminhando pelas Dunas, o que levava mais de uma hora. Quando adulto, ia com a família e alguns amigos para ocupar as churrasqueiras do Lagoa Iate Clube, bem como a piscina. Era uma época em que valia a pena ser sócio de um Clube que oferecia excelente infra-estrutura e muita tranquilidade. O tempo passou e nossa cidade passou a ser chamada de Floripa. As transforações foram acontecendo para pior e hoje, não bastasse sua ocupação desordenanda, já se faz até pesquisa, que dizem ser uma "pegadinha", para a construção de um prédio habitacional dentro da Lagoa. Será uma afronta ao eco-sistema da região. Tomara que não passe de uma "pegadinha".

terça-feira, 23 de março de 2010

Foto de autor desconhecico.

Em 1989 O Paula Ramos disputou o campeonato da cidade com este time base: Neri, Carlinho, J. Batista, Adilson, ?, e Hamilton, em pé. Mércio, Valtinho, ?, Anisio e Maíque, agachados.

Na época o Campeonato da Cidade era muito disputado, inclusive com a realização do Torneio Início, uma espécie de apresentação dos times para a competição. Participavam Avai, Figueirense, Paula Ramos, Bocaiuva, Atlético, Guarani, Tamandaré, dentre os que me lembro.

domingo, 21 de março de 2010

Entrevista.



Nimar e Badu.

Na década de 80, o ano não lembro, o Estádio é o Orlando Scarpelli e o entrevistado é o Badu, na época no Figueirense. O baixinho, vejam como ele é menor do que eu, que tenho 1,70m de altura, jogava uma bola redondinha.Tinha uma técnica admirável, que o levou a jogar no Grêmio de Porto Alegre. Hoje Badu é comentarista da Rádio Guarujá de Florianópolis, jogando uma bola tão redonda quando aquela do tempo em que era craque no futebol. Momento de saudade.



Esta foto foi tirada de dentro do meu carro, na Avenida Beira Mar Norte.
Neste local eu costumava percar amparado pela Ponte Hercílio Luz.
Depois veio o aterro empurrado pelo crescimento populacional, ensejando, inclusive, a construção de um verdadeiro paredão de concreto, que parece querer esconder parte da Ilha Cidade, do Continente Cidade, ambos fundidos na bela capital catarinense.
Não sou bom fotografo, mas penso ter retratado nela a tristeza da natureza pela violação de sua imagem natural.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Plano Diretor de Floripa.

As comunidades da capital catarinense parece se darem conta de que o Plano Diretor da cidade precisa ser mais discutido.
Elas querem ser melhor ouvidas , pois há indícios de que está faltando alguma coisa para melhorá-lo., o que estaria sendo feito sem sua colaboração.
Depois de impedir sua votação na última quarta-feira, com protestos no local onde o pleito seria realizado, o Teatro Álvaro de Carvalho, com a presença de vários representantes comunitários, agora é a vez dos moradores da Lagoa da Conceição se manifestarem com uma passeata pelas principais ruas da comunidade, neste sábado.
Os Edis do Município precisam encontrar as alternativas que agilizem o processo, sob pena da Bela Floripa se tornar uma bagunça sem concerto.
O pepino está nas mão dos vereadores que precisam agir com mais rapidez, sem deixar de atender os reclamos da população.
Não só o pepino, mas o abacaxi também precisa ser descascado, e com urgência.

segunda-feira, 15 de março de 2010





Foto do acervo do Cel. Osni Meira.


O Estadio Dr. Adolfo Konder, onde hoje fica o Shopping Beiramar, foi por muitos anos o principal palco do futebol catarinense. Ali eram realizados os grandes jogos de Avai e Figueirense. Nele ainda fizeram grandes jogos: a Seleção Catarinense que participou de varios campeonatos brasileiros, e os grandes clubes do Brasil na época, como: Vasco, Flamengo, Grêmio, Inter, Baia, Coritiba, Atlético Paranaense, dentre os que vi jogar. Deixou saudade aos mais antigos o "Velho Pasto Bode, ou Campo da Liga", onde estavam registrados os grandes acontecimentos do futebol catarinense.

domingo, 14 de março de 2010

FUTEBOL ARTE.

O time do Santos de São Paulo tem uma molecada “gastando” a bola, fazendo-me lembrar dos tempos em que o futebol era bem jogado.
Neimar, André, Paulo Henrique e mais Robinho que acaba de chegar, jogam um futebol bonito, espetacular às vezes, que dá prazer de assistir a quem vê o futebol como uma das mais puras artes do movimento humano.
Ah... que saudade deste futebol!
Estou torcendo para que este time não seja desmontado precocemente.
A verdadeira escola do futebol brasileiro está sedimentada nele, relembrando o Santos de Pelé e Coutinho.
Tirando Ronaldinho Gaúcho que voltou a desequilibrar, jogando pelo Milan, da Itália, ninguém mais consegue me fazer esquecer os craques geniais de uma época recheada de jogadores espetaculares, que deram ao Brasil grandes conquistas, inclusive três Copas do Mundo.
Estão aí agora estes garotos que começam a desabrochar para o futebol, sem medo de ser feliz, encantando a todos com a alegria, a irreverência e, por que não dizer, com a “molecagem” própria de quem tem intimidade com a bola.
Um passado, não muito distante, faz-me lembrar de alguns desses talentos: Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Didi, Nilton Santos Garrincha, Julinho, Zico, Sócrates, Junior, Leandro, Djalma Santos, entre outros, todos da melhor estirpe do futebol mundial, e que brilhantemente fizeram a alegria de grandes platéias.
Há ainda outros que poderiam ser citados, mas me atenho agora aos craques aqui da casa como: Moacir, Caetano, Veneza, Valério, Sobra, Nélinho, Zenon, Balduíno, Sergio Lopes, sem esquecer Nizeta, que vi jogar já em final de carreira.
Todos, sem exceção, brilharam em seus clubes.
Agora, o Dorival Junior, treinador do Santos, precisa ser também pai dessa molecada, para que o sucesso não lhes suba a cabeça e acabe por atrapalhar suas carreiras e o time, como aconteceu contra o Palmeiras, quando ganhava fácil e acabou perdendo o jogo.
É preciso impedir que a “mascara” não seja usada para empanar a encenação de uma arte, muito bem executada pelos meninos do Santos.
Quem vai sair ganhando é o futebol, literalmente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Nizeta, Cristina (neta) no colo e Nimar (foto 1).
Nizeta e radialista Dakir Polidoro (foto 2), no encerramento das atividades do Adolfo Konder.


NIZETA - O APARECIMENTO DE UM CRAQUE.

Quando em Santa Catarina, como em quase todo o Brasil, o futebol começava a surgir, alguns jogadores começavam também a se destacar como virtuoses no controle da bola com os pés.
Independente da época, encontramos verdadeiros “malabaristas” que encantaram, e encantam, as mais variadas platéias de todas as camadas sociais
Dentre eles quero me ater a um homem que fez do futebol sua maior paixão e que encantou muita gente com performances deslumbrantes, principalmente na década de 40.
Falo de Osny Gonçalves, o NIZETA, também apelidado de “Carrada”, dada a sua magreza e que, por isso mesmo, o fez destacar-se como um dos mais ágeis atacantes do futebol catarinense e, por que não, brasileiro. Apesar de ser de constituição franzina sua “robustez” se assentava na rigidez de seus ossos e músculos, que facilitava sua habilidade em desviar-se dos adversários. Raramente se machucava e, por isso, poucas vezes desfalcou sua equipe.
Foi sondado por vários clubes do Brasil, principalmente do Paraná, mas sempre se manteve alheio às ofertas, por ser muito ligado à família e ao trabalho que executava na então Escola Industrial e Santa Catarina, hoje Centro Federal de Estudos Tecnológico.
Nizeta apareceu para o futebol jogando pelo Íris, no início da década de trinta. Pouco depois foi para o Avai, onde jogou por vários anos, conquistando vários campeonatos da cidade e do estado.
Foi também treinador e dirigente avaiano por um bom período.
Orgulhava-se de ter vestido, a camisa do Avai, time de seu coração. Excepcionalmente, num jogo exibição, colocou o uniforme do Figueirense.
Meio a contragosto aquiesceu aos pedidos dos amigos que torciam pelo seu grande rival. Não gostava muito de falar sobre isto.
Orgulhava-se também de dois feitos conquistados pelo time avaiano: o tetra campeonato da cidade e a vitória de 4 a 2 sobre o Sport de Recife.
O clube pernambucano era formado por excelentes jogadores, entre eles o famoso Ademir de Menezes, Vice-campeão Mundial com a camisa da Seleção Nacional, sendo, inclusive, o artilheiro da Copa de 1950, de triste lembrança para os desportistas brasileiros, e que estava invicto em sua excursão pelo sul do país.
No seu entender, aquele time jogava por música com esta formação: Adolfinho; Fateco e Danda; Minela, Boos e Jair; Filipinho, Nizeta, Bráulio, Tião e Saul. Outros, como Beneval, por exemplo, se incorporaram ao grupo sem tirar dele a qualidade que ostentava.
Este time base, inclusive, ganhou o tetra campeonato da cidade, nos anos de 1942 a 1945.
Durante sua carreira se espelhou sempre em “Galego Beck”, jogador de meio campo, que considerava como um dos melhores que já vira atuar.
Seu nome consta da seleção de todos os tempos de jogadores que atuaram pelo Avai, em votação que envolveu jornalistas esportivos de várias épocas, e que mereceu a seguinte escalação na formação 3, 3, 4: Adolfinho; Loló, Fatéco e Veneza; Procópio. Beck e Zenon; Filipinho, Nizeta, Bráulio e Saul.
Destro, driblava com facilidade e era constantemente corrigido, segundo ele, pelo Treinador Felix Magño, um Uruguaio que deu grande contribuição ao futebol catarinense, pela sua competência como orientador tático e técnico.
Nizeta foi, sem dúvida, e continua sendo, um dos maiores ídolos do futebol catarinense, principalmente do Avai, clube pelo qual jogou de 1942 a 1948. Eu o conheci de perto e posso dizer com propriedade, que, além de um excelente jogador de futebol, sua grande paixão, foi também um homem de muito caráter e muita personalidade, razão do sucesso e prestígio

sexta-feira, 5 de março de 2010

EU ESTAVA LÁ.
Por muitos anos fui reporter de futebol. Trabalhei em muitos jogos e fiz inumeras reportagens ao longo de 40 anos de rádio, com pequenos intervalos nessa trajetória. Um dos momentos que considero marcante, foi na inauguração do Estádio da Ressacada, do Avai, quando enrevistei vários jogadores do Vasco da Gama, adversário do "Leão" naquela data comemorativa. Na foto ao lado eu estou entrevistando o ponteiro esquerdo Júlio Cesar, antes de começar a partida.
Não custa lembrar: o Vasco ganhou de 6 a 1.
Wilson Tadei do Vasco fez o primeiro gol da Ressacada.
Amarildo marcou o primeiro gol do Avai no novo estádio.
Foto Édio Melo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

JUVENTUDE ESPORTE CLUBE



Em 1953 (quanto tempo) meu pai e alguns amigos fundaram um time de futebol amador, para jogar nos campos de várzea que existiam na Grande Florianopolis. Uma época da qual tenho saudade.
A foto que aí está é de uma rapaziada, comandada pelo velho Nizeta, um dos mais consagrados craques do futebol catarinense, já em final de carreira, mas ainda jogando uma bola redondinha.
Em pe: Daltir, Adilson, Nazareno, Nizeta, Hamilton e Pedro.
Agachados: Paco, Tião, Beto, Jurandir e Baga.
Ah, ia esquecendo. Eu jogava no segundo time, que fazia a prelinar do jogo principal..
Bons tempos aqueles.