quinta-feira, 25 de março de 2010


Lagoa da Conceição, ainda com poucas residências. Foto de autor desconhecido.


A especulação imobiliária e a invasão desordenada, estão a provocar a morte lenta desta maravilha: a Lagoa da Conceição. Nela pesquei muito siri e camarão, quando ainda em abundância. Nela também vivi momentos maravilhosos de minha vida, tanto na juventude quanto na fase adulta, já casado e com filhos. Na juventude, como "farofeiro," fiz muito pic-nic em vários domingos de muita saudade. Iamos no caminhão de meu pai, um Ford F-4, que serpenteava pela estrada muito estreita e que se tornava escorregadia em dia de chuva, dificultando sua locomoção. Subir e descer o morro era uma aventura sem igual, pricipalmente quando chovia. Somente com correntes nas rodas era possível subir o morro, especialmente na direção lagoa-centro. Eram poucas a residências de veraneio e não existia a atual Avenida das Rendeiras. Uma estreita estrada de chão batido nos levava até as Dunas ,cercada por uma vegetação nativa que nos servia de abrigo contra o sol. Chegar até a Barra da Lagoa era difícil, e para ir até a Joaquina só caminhando pelas Dunas, o que levava mais de uma hora. Quando adulto, ia com a família e alguns amigos para ocupar as churrasqueiras do Lagoa Iate Clube, bem como a piscina. Era uma época em que valia a pena ser sócio de um Clube que oferecia excelente infra-estrutura e muita tranquilidade. O tempo passou e nossa cidade passou a ser chamada de Floripa. As transforações foram acontecendo para pior e hoje, não bastasse sua ocupação desordenanda, já se faz até pesquisa, que dizem ser uma "pegadinha", para a construção de um prédio habitacional dentro da Lagoa. Será uma afronta ao eco-sistema da região. Tomara que não passe de uma "pegadinha".

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